22 abril 2016

de pernas para ar... o mesmo, de outra forma


eu e os têxteis. na descoberta da minha linguagem com os tecidos exploro novas perspectivas e sensações. working in progress. explorando e criando. confusos?

iniciei o ano com novos projectos. dar forma e movimento a novas linguagens plásticas. iniciei o ano, alimentando ainda os desejos acrobáticos que desde pequenita me desafiaram a habilidades muitas vezes pouco consciente de tantas realidades possíveis. nascemos com tantas possibilidades de sermos. umas dão lugar a outras. outras surgem sem percebermos exactamente quando surgiram pela primeira vez. e a vida vai-nos dando as possibilidades possíveis para as re-descobrirmos, porque sempre existiram, ainda que às vezes difusas ou escondidas. eu voltei a desafiar os meus desejos acrobáticos e exploro uma forma de linguagem com os tecidos.

como o processo criativo é fascinante. e há quem ache que das muitas vezes que parecemos imóveis não estamos a criar. quantas vezes viajamos sem sair do lugar. quantas vezes, a nossa mente e o nosso corpo, se movem sem sair do lugar, sem em nenhum único gesto se manifestar. o processo criativo é muito mais do que se vê, ele se sente, ele existe mesmo antes de ganhar forma e se manifestar no mundo em que todos conseguem percepcionar. as imagens das possibilidades reais manifestam-se mesmo antes de existirem, se o existir acontece apenas quando a percepcionamos e aceitamos como tal.

 o processo criativo mostra-nos tantas possibilidades possíveis. às vezes o difícil é escolher. acredito que muitas escolhas no processo criativo tornam-se naturais, como se elas se afirmassem por si só, nós só as ajudamos a manifestar-se.

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