com tantas horas livres antes de iniciar a feira de artesanato do estoril e com o mapa apenas como referência de limites, saí de casa com a mochila e a máquina fotográfica como companheira de aventura. antes de regressar ao norte tinha de dar um saltinho a cascaias para voltra à casa das histórias de paula rego e sobretudo para deliciar-me com um gelado do santini. (porque da última vez que cá estive a gelataria estava ainda fechada) fiz um reconhecimento do terreno e deixei o carro a descansar com vista para o mar. caminhei pela costa olhando o mar. as andorinhas traçavam rasteiras à minha silhueta. há quantos anos não espreitava a boca do inferno. tenho várias fotografias tiradas no mesmo local com idades bem distintas. dos tempos de agora continuo sem nenhuma. continuei caminhando. aventurei-me pelas ruelas de cascais em busca do santini. não foi difícil encontrar. afinal de contas o desejo de um gelado apurou o sentido do olfacto. o gosto, esse deliciou-se mais tarde com os três sabores escolhidos. não foi uma combinação perfeita. contudo, era o gosto que buscava nesse instante. segui caminhando. deixei-me "perder" no tempo enquanto caminhava parque a dentro. olhava em volta. descobria recantos curiosos para registar. ouvindo os pássaros olhava de novo o céu. caminhava parque a dentro. uma. duas. três. tantos promenores registados. quatro. cinco. seis. sete. olhava de novo através da objectiva. oito. nove. e fui perdendo a conta do tempo e ás tantas fotografias que tirava. dez. onze... seguiram-se dezenas delas e umas quantas a seguir. são horas de voltar.
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