no último dia na feira tinha de acontecer algo inesperado!
enquanto conversava com o meu “vizinho” do lado, não pude deixar de ouvir um insistente chilrear. de joelhos e de olhar para trás do stand, encontrei um pequeno passarinho coberto de folhas secas. [tantas folhas têm caído nestes dias, até parece que estamos no outono!] tinha caído do ninho! a minha mão aproximou-se da sua pequena silhueta coberta de penas. senti o seu corajoso coração a bater quando saltou para o meu dedo.
as pessoas continuavam a chegar à feira de artesanato, algumas delas paravam em frente ao stand para espreitar o que estaria eu a fazer de joelhos no chão. durante algum tempo andei com o passarinho no dedo a pensar como iria resolver a situação. [trepar pela árvore para o colocar de novo no ninho não me parecia uma boa ideia.] enquanto isso o passarinho continuava no dedo. as pessoas continuavam a parar para ver as minhas criações e adquirir algumas delas. por algum tempo parecia que tinha sido adoptada por este pequeno mascote. as crianças paravam, “olha mamã, aquela senhora tem um passarinho no dedo! também quero um!”; os adultos olhavam curiosos “tem de o levar consigo, se o deixa ficar aqui com este frio ele morre pois ainda é muito pequenino!”.
retirei algumas Saloias porta-chaves de dentro da caixa de sapatos, coloquei algumas migalhas de pão e com cuidado coloquei-o dentro da caixa. Subi a uma cadeira e coloquei a caixa por cima do telhado do stand na tentativa de facilitar a aproximação dos seus pais que não paravam de sobrevoar o local. Ao fim de alguns segundos, o passarinho que ainda não sabia voar saltou da caixa. Aos saltitos e levantando o seu corpo poucos centímetros do telhado foi tentando alcançar os seus papás. Ainda consegui vê-los todos juntos aos miminhos mas foram-se afastando do stand até os deixar de ver.
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