Transportei de novo as chaves da Torre de Menagem na minha bolsa. Desta vez um “olhar curioso “ olhou por elas durante todo o percurso. Mesmo que tentasse chegar até à Torre discretamente, as chaves não mo permitiam. Tilintavam freneticamente à medida que caminhava. Não fui capaz de me abstrair do ruído que faziam e por isso desejei alcançar o portão verde o quanto antes.
Possuir estas chaves é como se tivesse ao meu alcance a “chave” de algo misterioso. Qual será o seu segredo? Até dia 3 de Junho será a “chave” para chegar até ao pequeno universo de fantasia que procurei recriar dentro desta torre que tantas recordações me trás sempre à lembrança.
Com as pequenas indicações, feitas durante a noite passada, iniciei a montagem da exposição. Liguei a música e arregacei as mangas. À medida que naquelas paredes de pedra se figuravam as silhuetas das minhas personagens de pano, as ideias de como deveria usar o espaço fluiu naturalmente. Consciente das limitações que tinha, sobretudo relativos aos recursos humanos, tentei fazer o meu melhor. A música embalou aquele momento. Sem dar conta... as horas passaram. Fechada na torre não me apercebi do dia escurecer. Olhei tudo de novo e despedi-me das minhas personagens.
Volto amanhã!
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